Ela guardou consigo, por vinte anos um caderno minúsculo, com as páginas em branco.
Escreveu nele hoje o mapa da viagem para seu interior.
Outra guarda três cadernos fechados, com páginas em branco que esperam um tempo incerto.
Fiquei num estado de perplexidade. Ter nas mãos um objeto tão precioso
que esperou vinte anos para ser escrito.
Também queria ter um caderno que pudesse esperar por palavras guardadas.
Palavras que esperam. O incerto. O tempo incerto. Da espera.
(material de vida compartilhado na aula de Acompanhamento de Processo Artístico, ministrado pela Artista Plástica Ana Flávia, na ong ARENA)
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