sábado, 13 de março de 2010

Ele é solitário. Tem tanto medo ainda desse mundo
inventado. Destes papéis que têm tanto poder. E dessa
nossa vida tão pequena e tão frágil.
Ele diz aos poucos com sua voz do outro lado do telefone,
uma voz calma de quem está aguardando.
Ele aguarda. Ele aguenta. Ele espera.
E ri um pouco.
Nunca vi tanta força na fragilidade. Seu único
poder é este:sustentar o quebradiço estado em
que permanecemos.
Eu acredito em tudo. Cada palavra.
Conheço o seu segredo.
Agora a sua solidão é também a minha.
Tudo o que temos é o que nós não sabemos.

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