quinta-feira, 11 de março de 2010

Para Ana

Tão pequena, ela
cores e sobre-peças escreve cartas como se fosse Clarice
e esta lá, sempre lá, ali,
na minha vida, tão pequena,
marcando o tempo,
me dá de presente um passeio inesperado,
no meu aniversário escreveu-me um
ideário, das palavras que nunca completo porque sempre falta ar.
e diz que sou "assim de vermelha e excesso, quase ruiva vazando".
Ana pequena, só você para nomear o meu desejo mais secreto:
se pudesse escolher seria a menina ruiva do conto de clarice.
Tão discreta, Ana, petit-poá,
um poema japonês colado na calçada da sorveteria Joia,
uma recusa, uma casa onde se pode dormir e acordar
E te digo agora: porque te amo.

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