quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Poema inacabado

                    [Para André]

Ontemhoje
Atravessei e
colhi um broto de algodão
no escuro.
Desenhei no espaço
a tua duração:
são infinitos os
pontos onde a alegria
inventa e grafa
um macio na pele.
Flutuo terrena e 
inverto a gravidade:
os sonhos não pesam.
É o grão dos olhos
e a umidade da voz
que ensaia dizer.
Talvez seja isso que
tocamos no escuro.