Repulsa
Repulsivo
Re pulsão
Pulsão
Ré
[Dar a ré - andar para trás]
Pulsar - Ar
Pular - Jump
SUL - AR
[Quando o ar do Sul pode pesar no verão]
Rua - Sep
[Septicemia, - CEP - sepse
Quando um endereço pode ser um tipo de infecção que mata]
Infectar o sangue
Quando o endereçamento pode ser uma infecção sanguínea
Pular - Jump
[Para DENTRO ou para FORA?]
Puls (AR) - vôo ou queda?
Dar a ré: andar para trás.
Ré
Pulsão
Re pulsão
Repulsivo
Repulsa.
Repulsa: do lat. REPULSUS, particípio passado de REPELLERE "repudiar, empurrar para trás", de RE - "para trás", mais PELLERE, "bater, empurrar"
Também o contrário da atração.
Ainda:
Latim: repulsa - ae, revés, mau êxito, recusa.
(latir) pulsa: banido
repulsus: alergia, banido.
domingo, 24 de dezembro de 2017
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
No meio do caminho
No meio do caminho tinha a arte
Tinha a arte no meio do caminho
Tinha a arte
No meio do caminho tinha a arte
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha a arte
Tinha a arte no meio do caminho
No meio do caminho tinha a arte.
Tinha a arte no meio do caminho
Tinha a arte
No meio do caminho tinha a arte
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha a arte
Tinha a arte no meio do caminho
No meio do caminho tinha a arte.
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Achado
Tantos eles nas minhas anotações, mas nenhum outro.
[anotação de agenda, 10 de outubro de 2014,
IA, Poa.]
Anotação compartilhada do poeta:
"toda anotação é um processo de esquecimento"
[anotação de agenda, 10 de outubro de 2014,
IA, Poa.]
Anotação compartilhada do poeta:
"toda anotação é um processo de esquecimento"
terça-feira, 12 de setembro de 2017
domingo, 20 de agosto de 2017
Travessias
Então criminalizou-se a paixão.
[ Premonição/Nota de diário (fim de julho)
'Desejar a vida passa a ser um crime. Desejar
amar o amor passa a ser uma tolice']
O corpo revolta febre e convulso
mal pode
tocar
que desaba.
Às vezes a dor se torna artilharia.
Mas eu recuso.
Insisto em ser
patética.
Ofereço delicadezas que ganhei ontem
de presente de quem nem imagina o peso dessa dissolução
E fico à espera, tento abrir as cortinas das manhãs à espera de olhos que possam nascer novos
para uma Vita Nova.
E canto (para espantar a dor)
[ Premonição/Nota de diário (fim de julho)
'Desejar a vida passa a ser um crime. Desejar
amar o amor passa a ser uma tolice']
O corpo revolta febre e convulso
mal pode
tocar
que desaba.
Às vezes a dor se torna artilharia.
Mas eu recuso.
Insisto em ser
patética.
Ofereço delicadezas que ganhei ontem
de presente de quem nem imagina o peso dessa dissolução
E fico à espera, tento abrir as cortinas das manhãs à espera de olhos que possam nascer novos
para uma Vita Nova.
E canto (para espantar a dor)
segunda-feira, 24 de julho de 2017
Sobre a tentativa de se despedir da imagem mais bonita de uma capital
Carta-poema de abril
Eu amava uma delicadeza que havia,
antes.
Uma beleza convulsiva me feriu.
Toquei essas imagens turvas/margens de sonho e inefável, impossível e íntima,
ferida
Água-viva?
Sobre as margens, entre essas margens, o oceano pode ser um corpo.
Expando e contraio - modulações do movimento.
Amanhã ou depois, ou ainda mais tarde. A vida rouge.
A imagem mais bonita de uma capital. que eu guardei.
terça-feira, 23 de maio de 2017
Guardado,
2012, traços perdidos de A.C.C, pedaço de
letra em papel arroz e um excesso de ar para respirar,
sempre algum antes dentro de um depois.
captar o gesto que mora na página de um livro não escrito.
ser de avessos ou revés.
III
Então fui e busquei procurei por elas
Depois e ainda
Não gostei daquilo, amontoado, pedaço mal
acabado
Foi pouco. Ou por pouco
Tento é sempre anterior
O tempo
Ele escreve nas paredes, e risca os degraus da escada.
Uma guerra decalcada, ontem.
Foi ontem, ou por pouco.
Mentiras cumulam parapeitos, ela continua
no chão.
O deserto,
[continua no chão]
O
deserto
Alguém, ninguém perguntou.
Ofício, orientação, no espaço, ninguém sabe.
Nem mesmo ela sabe, nem mesmo ela sabe.
Era deserto antes de ser chão. Querida vem cá, dá a mão.
Vem.
Um deserto antes de ser chão.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Recorte de jornal,
mais um para Ana C.
"Até hoje nós viúvas jovens e nem tanto de ana c.
sóbrias ou já meio loucas estamos procurando
uma noite de amor nas linhas de seus poemas"
"Até hoje nós viúvas jovens e nem tanto de ana c.
sóbrias ou já meio loucas estamos procurando
uma noite de amor nas linhas de seus poemas"
(Angélica Freitas)
In: http://www1.folha.uol.com.br/serafina/2016/07/1785342-leia-poema-inedito-de-angelica-freitas-em-homenagem-a-ana-cristina-cesar.shtml
* Angélica Freitas é poeta. Seu livro "Rilke Shake" ganhou o prêmio Best Translated Book Award, da Universidade de Rochester, nos EUA.
terça-feira, 4 de abril de 2017
2017
Poderia ser o andar mais alto de um prédio.
Poderia ser um dos bilhetes de loteria que não foi sorteado.
Poderia ser uma rua que não existe.
Poderia ser ainda a variação de um tom de lilás que ninguém percebeu
na paleta de Florbela Espanca.
Poderia ser o número da flor de papel que a cunhada obsessiva
de J. terminou de dobrar antes de ir dormir, depois de uma noite insone, numa
manhã de outono.
Poderia ser o suspiro que queimou na fornada e foi descartado.
Poderia ser a linha de um romance comercial que descreve
relações entre humanos e gatos em ambientes domésticos.
Poderia ser o vidro consertado do vidraceiro no seu terceiro
ano de trabalho.
Poderia ser a duplicação de degraus de uma cratera em Honolulu
ou numa escadaria em Huairou.
Poderia ser a gota após 20 segundos do começo da chuva em um
chão de terra vermelha ferrosa.
Poderia ser quatro vezes o tempo que levou para descobrirem
que as plantas desenvolveram mecanismos para absorver menos carbono, pois
estavam “passando mal” por conta da alta exposição ao mesmo.
Poderia ser o número de aplausos após uma palestra de
Psicologia Cósmica em Porto Alegre no ano de 1982, chamada A revolução silenciosa, mas também poderia ser o número de aplausos
de Gorbatchev, em uma página de Dossiê Moscou, publicado no ano de 2004.
Poderia ser o enunciado de um problema de matemática para
calcular o montante do juro simples que em meio a um asterisco calcula-se a taxa
e o capital, junto ao tempo e/ou período de aplicação.
Poderia ser o número de peças encomendadas por uma empresa a
uma oficina no Bairro de Bom Retiro em São Paulo que se utilizava de trabalho
escravo – bolivianos, submetidos a jornadas
exaustivas, à servidão por dívida, e a
condições de trabalho degradantes.
Poderia ser o número de matérias-primas utilizadas por uma
indústria para produzir sabores naturais e sintéticos, autorizados por
legislações internacionais que regulam o setor de alimentos. Demoram, em média, 40 dias para desenvolverem o aroma.
Poderia ser o número de mortos em 16 povoados na Nigéria, num ataque de um grupo extremista islâmico em janeiro de 2015.
Poderia ser o número de mortos em 16 povoados na Nigéria, num ataque de um grupo extremista islâmico em janeiro de 2015.
sábado, 11 de março de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Linha ou um lapso de tempo
Fio, fio
fino, de quase e sopros. Muito breve, ali. Sou feita de começos, de quase e
cintilâncias-poeira, partículas pairando contra o sol, e a mão dele, que me
alcança por dentro da distância de infinitas horas. Preciso. Tocar e leve,
muito leve nessa estrela que parte antes mesmo de chegar. Tudo em mim é côncavo
e nacarado, uma concha que dança no corpo da água e da espuma, e me diz, como
canto de sereia e um jardim de corais que o mar não tem começo e nem fim. Mas
molha e salga a pele, e às vezes fica até feito maresia que impregna e penetra
a superfície.
04 de janeiro de 2017.
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