Fio, fio
fino, de quase e sopros. Muito breve, ali. Sou feita de começos, de quase e
cintilâncias-poeira, partículas pairando contra o sol, e a mão dele, que me
alcança por dentro da distância de infinitas horas. Preciso. Tocar e leve,
muito leve nessa estrela que parte antes mesmo de chegar. Tudo em mim é côncavo
e nacarado, uma concha que dança no corpo da água e da espuma, e me diz, como
canto de sereia e um jardim de corais que o mar não tem começo e nem fim. Mas
molha e salga a pele, e às vezes fica até feito maresia que impregna e penetra
a superfície.
04 de janeiro de 2017.
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