domingo, 23 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Começo IV - Queda e abismo em Hilda Hilst
Você se desvia.
Sim. Estou o tempo todo perdendo os meios pelos quais tudo de fato começou. Não era o saber aonde chegar, mas saber, de fato, perder-se.(p.67)
Trecho da dissertação de mestrado;
Sim. Estou o tempo todo perdendo os meios pelos quais tudo de fato começou. Não era o saber aonde chegar, mas saber, de fato, perder-se.(p.67)
Trecho da dissertação de mestrado;
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Trecho do projeto de dissertação Hilda Hilst - Utopia, Poéticas e Psicanálise
Começo VIII - Uma aprendizagem do neutro ou uma aprendizagem sobre o inesperado
ONDE VOCÊ ESTÁ? ONDE VOCÊ ESTÁ? ONDE VOCÊ ESTÁ?
(Onde você está em mim?)
Sentar-se a meia luz e divagar um instante sobre o que não nos alcança, no motor do adiante. Entrar um momento no não-nascido e enfrentar seu sólido mistério. Acontecer. O isso se acontecer em imagens paralelas.
Você se pergunta quando tudo isso vai acabar, quando ela vai partir de você?
Não, não, você já sabe.
Aliás, foi você quem a ensinou: não há um antes, nem um durante, nem sequer um depois... Você acredita nisso?
Sim, é convicto.
Você nem formula pensamento algum.
Ela não sabe nada de você.
(pp.170 - 171)
ONDE VOCÊ ESTÁ? ONDE VOCÊ ESTÁ? ONDE VOCÊ ESTÁ?
(Onde você está em mim?)
Sentar-se a meia luz e divagar um instante sobre o que não nos alcança, no motor do adiante. Entrar um momento no não-nascido e enfrentar seu sólido mistério. Acontecer. O isso se acontecer em imagens paralelas.
Você se pergunta quando tudo isso vai acabar, quando ela vai partir de você?
Não, não, você já sabe.
Aliás, foi você quem a ensinou: não há um antes, nem um durante, nem sequer um depois... Você acredita nisso?
Sim, é convicto.
Você nem formula pensamento algum.
Ela não sabe nada de você.
(pp.170 - 171)
domingo, 9 de janeiro de 2011
Exposição no Gasômetro Coletiva - abertura 13 janeiro
Galeria dos Arcos inicia 2011 com Mostra Panoramica
A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura em 13 de janeiro a exposição fotográfica II Panorâmica, na Galeria dos Arcos, localizada no andar térreo da Usina do Gasômetro. A exposição apresenta uma seleção de trabalhos em fotografia realizados por alunos do Instituto de Artes/UFRGS, Famecos-PUCRS e Unisinos.
No ano de 2009, a Galeria dos Arcos sediou uma primeira Panorâmica, com trabalhos de alunos da ESPM, Feevale e Fabico/UFRGS, buscando trazer a público a produção que estava sendo desenvolvida dentro das escolas de fotografia locais. A mostra ultrapassou expectativas, confirmando a diversidade e qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelas três instituições.
Nesta segunda Panorâmica, novamente a diversidade está presente, no uso de múltiplas linguagens, desde o fotojornalismo e fotos voltadas à publicidade, até as pesquisas mais conceituais desenvolvidas no campo das artes.
O Instituto de Artes da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) apresenta trabalhos de 25 alunos, desenvolvidos sob orientação dos professores Luiz Eduardo Achutti e Eduardo Vieira da Cunha e mostra um recorte da produção em fotografia da instituição. O objetivo não é o de apresentar uma pesquisa confluente, ou formalmente harmônica. Ao contrário. Através das imagens selecionadas em uma curadoria realizada em conjunto com os autores, procurou-se apresentar um mosaico da pluralidade de projetos que envolvem a fotografia: o corpo (com todas as suas significações), a paisagem, o tempo, o retrato, o fluxo.
A Faculdade de Meios de Comunicação, Famecos-PUCRS, apresenta trabalhos desenvolvidos em dois territórios bastante distintos, o jornalismo e a publicidade. O jornalista e professor Elson Sempé Pedroso é responsável pela curadoria dos trabalhos de 10 alunos e três ex-alunos do curso de jornalismo (estes já no mercado de trabalho, atuando na imprensa local).
Os trabalhos apresentados pelo Curso de Publicidade e Propaganda têm curadoria dos professores André Giongo e Cristina Lima e nos levam ao universo das criações coletivas típicas da publicidade. Os trabalhos apresentados foram desenvolvidos com os alunos ao longo do semestre, e visam demonstrar a dinâmica de trabalho de um estúdio de fotografia publicitária, onde normalmente se recebe um layout que servirá de base para a produção de uma imagem final. Para tanto, os alunos recebem layouts e briefings de imagens que deverão ser produzidas, tal e qual acontece no mercado. Nesta exposição, são apresentados três trabalhos específicos onde os 84 alunos envolvidos puderam desenvolver e experimentar diferentes tipos de condutas de produção.
Já a Unisinos apresenta trabalhos produzidos a partir de atividades propostas em sala de aula, nas diferentes disciplinas de fotografia dos cursos de Comunicação da Unisinos e a exposição conta com organização e curadoria de Flávio Dutra e Tiago Coelho. Os participantes da mostra são alunos (e um recém formado) dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Realização Audiovisual, orientados pelos(as) professores(as) Beatriz Sallet, Bruno Barreto, Flavio Dutra, Marcia Molina e Tiago Coelho.
http://galeriadosarcos.blogspot.com/
A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura em 13 de janeiro a exposição fotográfica II Panorâmica, na Galeria dos Arcos, localizada no andar térreo da Usina do Gasômetro. A exposição apresenta uma seleção de trabalhos em fotografia realizados por alunos do Instituto de Artes/UFRGS, Famecos-PUCRS e Unisinos.
No ano de 2009, a Galeria dos Arcos sediou uma primeira Panorâmica, com trabalhos de alunos da ESPM, Feevale e Fabico/UFRGS, buscando trazer a público a produção que estava sendo desenvolvida dentro das escolas de fotografia locais. A mostra ultrapassou expectativas, confirmando a diversidade e qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelas três instituições.
Nesta segunda Panorâmica, novamente a diversidade está presente, no uso de múltiplas linguagens, desde o fotojornalismo e fotos voltadas à publicidade, até as pesquisas mais conceituais desenvolvidas no campo das artes.
O Instituto de Artes da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) apresenta trabalhos de 25 alunos, desenvolvidos sob orientação dos professores Luiz Eduardo Achutti e Eduardo Vieira da Cunha e mostra um recorte da produção em fotografia da instituição. O objetivo não é o de apresentar uma pesquisa confluente, ou formalmente harmônica. Ao contrário. Através das imagens selecionadas em uma curadoria realizada em conjunto com os autores, procurou-se apresentar um mosaico da pluralidade de projetos que envolvem a fotografia: o corpo (com todas as suas significações), a paisagem, o tempo, o retrato, o fluxo.
A Faculdade de Meios de Comunicação, Famecos-PUCRS, apresenta trabalhos desenvolvidos em dois territórios bastante distintos, o jornalismo e a publicidade. O jornalista e professor Elson Sempé Pedroso é responsável pela curadoria dos trabalhos de 10 alunos e três ex-alunos do curso de jornalismo (estes já no mercado de trabalho, atuando na imprensa local).
Os trabalhos apresentados pelo Curso de Publicidade e Propaganda têm curadoria dos professores André Giongo e Cristina Lima e nos levam ao universo das criações coletivas típicas da publicidade. Os trabalhos apresentados foram desenvolvidos com os alunos ao longo do semestre, e visam demonstrar a dinâmica de trabalho de um estúdio de fotografia publicitária, onde normalmente se recebe um layout que servirá de base para a produção de uma imagem final. Para tanto, os alunos recebem layouts e briefings de imagens que deverão ser produzidas, tal e qual acontece no mercado. Nesta exposição, são apresentados três trabalhos específicos onde os 84 alunos envolvidos puderam desenvolver e experimentar diferentes tipos de condutas de produção.
Já a Unisinos apresenta trabalhos produzidos a partir de atividades propostas em sala de aula, nas diferentes disciplinas de fotografia dos cursos de Comunicação da Unisinos e a exposição conta com organização e curadoria de Flávio Dutra e Tiago Coelho. Os participantes da mostra são alunos (e um recém formado) dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Realização Audiovisual, orientados pelos(as) professores(as) Beatriz Sallet, Bruno Barreto, Flavio Dutra, Marcia Molina e Tiago Coelho.
http://galeriadosarcos.blogspot.com/
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Hilda Hilst e Zeca Baleiro, poesia musicada - Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé
Canção II (por Veronica Sabino)
http://www.youtube.com/watch?v=bcqMCuUXLy0&feature=related
Canção IX (Mônica Salmaso)
http://www.youtube.com/watch?v=0xkKcVtHJG4
Canção VI (Ná Ozetti)
http://www.youtube.com/watch?v=uRzN-B5U_nY&feature=related
Canção III (Maria Bethânia)
http://www.youtube.com/watch?v=GcCYiY8cGZg&feature=related
Canção V (Angêla Ro Ro)
http://www.youtube.com/watch?v=8fWgQK-h2Ew&feature=related
Canto IV de Ariana (Jussara Silveira)
http://www.youtube.com/watch?v=IGvBoTmdNt8&feature=related
A poesia sonora de Hilda Hilst no baleiro de Zeca *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 -2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma cópia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), enviada pelo próprio artista, Hilst ligou, propôs a parceria e mandou um disquete com sua obra poética.Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão - escrito pela Hilda quando estava apaixonada platonicamente pelo Júlio de Mesquita Neto (vide as iniciais) - e decidiu musicar os versos do capítulo que dá título ao disco.
Depois de dois anos de trabalho, a gravadora de Zeca Baleiro, Saravá Disco, lançou o CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio - com poemas de Hilda Hilst musicados pelo artista maranhense.
O disco, segundo Zeca Baleiro, começou a ser gravado em abril de 2003 e teve aval da escritora e a colaboração do violonista Swami Jr. nos arranjos de base. Para musicar os dez poemas, Baleiro buscou uma sonoridade que se encaixasse nos poemas já em essência muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, oboé e fagote ajudaram a criar o clima. Para dar mais charme ainda ao disco, Baleiro contou com a adesão de dez cantoras para interpretar as canções. Pela ordem de entrada no CD, o time é formado por Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ângela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria.
As intérpretes estão à vontade no despudorado universo poético de Hilst. O único deslize é de Ângela Maria, que, por conta de seu estilo naturalmente empostado, ficou meio deslocada. Mas no todo, o trabalho tem bom acabamento melódico, garantido pelo repertório de tom linear que assegura a uniformidade das canções ao mesmo tempo em que conta a história do amor impossível de Ariana e Dionísio. Um dos melhores momentos do disco é a Canção V, interpretada por Angela Ro Ro.
*(reportagem de Tacilda Aquino • Goiânia, GO, 5/2/2007 • 373 • 41
retirado de: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-poesia-sonora-de-hilda-hilst-no-baleiro-de-zeca)
http://www.youtube.com/watch?v=bcqMCuUXLy0&feature=related
Canção IX (Mônica Salmaso)
http://www.youtube.com/watch?v=0xkKcVtHJG4
Canção VI (Ná Ozetti)
http://www.youtube.com/watch?v=uRzN-B5U_nY&feature=related
Canção III (Maria Bethânia)
http://www.youtube.com/watch?v=GcCYiY8cGZg&feature=related
Canção V (Angêla Ro Ro)
http://www.youtube.com/watch?v=8fWgQK-h2Ew&feature=related
Canto IV de Ariana (Jussara Silveira)
http://www.youtube.com/watch?v=IGvBoTmdNt8&feature=related
A poesia sonora de Hilda Hilst no baleiro de Zeca *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 -2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma cópia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), enviada pelo próprio artista, Hilst ligou, propôs a parceria e mandou um disquete com sua obra poética.Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão - escrito pela Hilda quando estava apaixonada platonicamente pelo Júlio de Mesquita Neto (vide as iniciais) - e decidiu musicar os versos do capítulo que dá título ao disco.
Depois de dois anos de trabalho, a gravadora de Zeca Baleiro, Saravá Disco, lançou o CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio - com poemas de Hilda Hilst musicados pelo artista maranhense.
O disco, segundo Zeca Baleiro, começou a ser gravado em abril de 2003 e teve aval da escritora e a colaboração do violonista Swami Jr. nos arranjos de base. Para musicar os dez poemas, Baleiro buscou uma sonoridade que se encaixasse nos poemas já em essência muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, oboé e fagote ajudaram a criar o clima. Para dar mais charme ainda ao disco, Baleiro contou com a adesão de dez cantoras para interpretar as canções. Pela ordem de entrada no CD, o time é formado por Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ângela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria.
As intérpretes estão à vontade no despudorado universo poético de Hilst. O único deslize é de Ângela Maria, que, por conta de seu estilo naturalmente empostado, ficou meio deslocada. Mas no todo, o trabalho tem bom acabamento melódico, garantido pelo repertório de tom linear que assegura a uniformidade das canções ao mesmo tempo em que conta a história do amor impossível de Ariana e Dionísio. Um dos melhores momentos do disco é a Canção V, interpretada por Angela Ro Ro.
*(reportagem de Tacilda Aquino • Goiânia, GO, 5/2/2007 • 373 • 41
retirado de: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-poesia-sonora-de-hilda-hilst-no-baleiro-de-zeca)
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Achado e roubado
"Não há clínica do sujeito sem clínica da civilização"
(Jacques-Alain Miller)
(http://www.naoseiquediga.blogspot.com/)
(Jacques-Alain Miller)
(http://www.naoseiquediga.blogspot.com/)
sábado, 1 de janeiro de 2011
Um jeito de começar: Hilda Hilst, Amor (muito amor) e música
Hilda:
"Te ordenas. Eu deliquescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo a mim mesma. Mas ao teu lado me
estendo
Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza."
(Deliqüescente: [do latim deliquescente] Adj.1. Sujeito a deliqüescência. 2. Fig. Que se desfaz; desagregado, decadente: moral deliqüescente; estilo deliqüescente.)
E música da Feist que lembrei e deu muita vontade de ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=cYF0qU5WSew
Feliz 2011 a todos!!! Com novos começos!!!
"Te ordenas. Eu deliquescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo a mim mesma. Mas ao teu lado me
estendo
Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza."
(Deliqüescente: [do latim deliquescente] Adj.1. Sujeito a deliqüescência. 2. Fig. Que se desfaz; desagregado, decadente: moral deliqüescente; estilo deliqüescente.)
E música da Feist que lembrei e deu muita vontade de ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=cYF0qU5WSew
Feliz 2011 a todos!!! Com novos começos!!!
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