Canção II (por Veronica Sabino)
http://www.youtube.com/watch?v=bcqMCuUXLy0&feature=related
Canção IX (Mônica Salmaso)
http://www.youtube.com/watch?v=0xkKcVtHJG4
Canção VI (Ná Ozetti)
http://www.youtube.com/watch?v=uRzN-B5U_nY&feature=related
Canção III (Maria Bethânia)
http://www.youtube.com/watch?v=GcCYiY8cGZg&feature=related
Canção V (Angêla Ro Ro)
http://www.youtube.com/watch?v=8fWgQK-h2Ew&feature=related
Canto IV de Ariana (Jussara Silveira)
http://www.youtube.com/watch?v=IGvBoTmdNt8&feature=related
A poesia sonora de Hilda Hilst no baleiro de Zeca *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 -2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma cópia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), enviada pelo próprio artista, Hilst ligou, propôs a parceria e mandou um disquete com sua obra poética.Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão - escrito pela Hilda quando estava apaixonada platonicamente pelo Júlio de Mesquita Neto (vide as iniciais) - e decidiu musicar os versos do capítulo que dá título ao disco.
Depois de dois anos de trabalho, a gravadora de Zeca Baleiro, Saravá Disco, lançou o CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio - com poemas de Hilda Hilst musicados pelo artista maranhense.
O disco, segundo Zeca Baleiro, começou a ser gravado em abril de 2003 e teve aval da escritora e a colaboração do violonista Swami Jr. nos arranjos de base. Para musicar os dez poemas, Baleiro buscou uma sonoridade que se encaixasse nos poemas já em essência muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, oboé e fagote ajudaram a criar o clima. Para dar mais charme ainda ao disco, Baleiro contou com a adesão de dez cantoras para interpretar as canções. Pela ordem de entrada no CD, o time é formado por Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ângela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria.
As intérpretes estão à vontade no despudorado universo poético de Hilst. O único deslize é de Ângela Maria, que, por conta de seu estilo naturalmente empostado, ficou meio deslocada. Mas no todo, o trabalho tem bom acabamento melódico, garantido pelo repertório de tom linear que assegura a uniformidade das canções ao mesmo tempo em que conta a história do amor impossível de Ariana e Dionísio. Um dos melhores momentos do disco é a Canção V, interpretada por Angela Ro Ro.
*(reportagem de Tacilda Aquino • Goiânia, GO, 5/2/2007 • 373 • 41
retirado de: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-poesia-sonora-de-hilda-hilst-no-baleiro-de-zeca)
Nenhum comentário:
Postar um comentário