terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"Será que a gente
É louca ou lúcida?
Quando quer
Que tudo vire música?
De qualquer forma
Não me queixo
O inesperado quer chegar
Eu deixo"

Bagatelas - Adriana Calcanhoto

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Teu olhar
leu-olhar
teu olhar
no meu te olhar
floquinhos de ar entre nadas.

02/04/2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Foi assim
Aconteceu.
fronhas do meu travesseiro
o abismo está traçado
fechar e abrir de olhos
presenças surdas
e as noites
variantes de um sem-nome, constelações,
Eu invento
fundura, superfície, extensão
seguir incólume, um dia após o outro
a escrita quer
realizar sentir tocar violentar rasgar confundir respirar destilar
o intraduzível

domingo, 6 de dezembro de 2009

Uma noite enorme
Ela não acaba por dizer
Que não precisava ter medo de escuro.
Que não precisava ficar assim de se assustar
Quando as pessoas iam embora e acabavam por não voltar.
Uma noite enorme
Não acaba nunca de acabar.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Achei que você dormia

aqui, dentro das interrogações sem saber que elas não tem sentido.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

30 de novembro

O dia. E seu s(oco).
Invagina por dentro costuras de um.
É tomado por iiiis.
Quer beber o poço inteiro, quer se atirar no poço quer se tornar o poço.
Uma gota de nanquim vermelho escorre pela superfície de um papel vegetal
A gota vermelha rasga a superfície transparente
Faz o papel ondular na trajetória líquida de uma queda em vertical
Mas não tem poço. Só rugosidade na transparência
e sua umidade, dividindo em dois o um.
Terminada a queda, reparo – um continuum.
[ ]
Mais tarde, agora
O sal fica mais denso, sobre as palavras em queda.
Elas testemunham, a própria incapacidade de dizer.
De desencontros sobrepostos na tarde.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

22 de novembro, 20h01min, beira do Guaiba ou, pôr do sol na Bienal

A luz que vai desaparecer no
momento presente
A luz que vai desaparecer no
momento presente
A luz que vai desaparecer no
momento presente

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Como pode ter havido um
encontro, se nunca houve
um EU de um VOCÊ?

Ele me disse: criou-se um corpo.
UM SÓ CORPO. Quando
voltaram a ter dois corpos,
o acontecimento se perdeu.
[...]

Eu digo: nós nunca nos encontramos.

talvez, naquele acontecimento
o único sujeito existente
tenha sido o desejo.

Eu e você, instituições
diluídas, fragmentarizadas
rarefeitas.
Naquele acontecimento
um eu nunca pode
encontrar um você.
A obra é silêncio
cantos escuros
pontilhados de reverberações
Começar, com vontade plagiar, os começos, recomeços, 55 começos, outros mais...