Como pode ter havido um
encontro, se nunca houve
um EU de um VOCÊ?
Ele me disse: criou-se um corpo.
UM SÓ CORPO. Quando
voltaram a ter dois corpos,
o acontecimento se perdeu.
[...]
Eu digo: nós nunca nos encontramos.
talvez, naquele acontecimento
o único sujeito existente
tenha sido o desejo.
Eu e você, instituições
diluídas, fragmentarizadas
rarefeitas.
Naquele acontecimento
um eu nunca pode
encontrar um você.
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