sábado, 5 de julho de 2014

Gerais


ias, ou do que r: era uma vez um menino antigo chamado Abarebu, tinha feijões amarelos e um dia atravessou um abismo segurando apenas um fio pelas mãos.

VI
Escrever a sós em salas de embarque, Campinas – (in) contáveis: da primeira vez à última – passagens: quando ela ficou fora de rota, de repente. Um.

V
Andar pelo corredor de uma casa, entrar num quarto e me deitar ali no escuro. A luz que entra pela janela quando amanhece. Sentir o cheiro do café-tinta de manhã. Eu me lembro dos espaços: tomar banho no banheiro, me maquiar ali sob uma pia estreita, a cor marrom claro do azulejo, a distância entre a mesa e o sofá.

IV
O frio de fim tarde em abril.
Andar pelas ruas à noite. Cachaças artesanais ou cervejas. Formigas.

III
A cozinha aberta, o muro de uma casa como parede,
Ar, para os cigarros que eles fumavam antes de dormir.

II
O abacate mais gracioso: o verde-claro e o maduro, dois: de presente.

I
Carnaval. Uma serra, antes do incêndio. Vaga-lumes antigos numa fotografia em preto-branco, dentro de um livro. Alguém mostrou e ele publicou, e eu conheci antes do antes dos vagalumes do depois.
Quartos, cidades, duas vozes extenuadas, dois morros a pé, um gato amarelo. Variações de estradas de terra até o fim da construção. Chegar ao fim da linha. Avançar para onde não há mais limite ou contorno. A maior queda d’água que já vi. Nadar na água gelada, tomar banho na nascente de um grande rio. Dois.

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I
Carnaval. Pedras. Ônibus. Desgoverno. Ouro-Preto-Mariana. Estradas. Giz-pastel-seco. Dedo de deus. Poesia. Uma cabra. Miles Davis. Infância. BH. Cama de palha grossa. Mercado público. Loja de colecionador de vinis antigos. Sebos baratos. Futuro. Se um pote de ouro no arco-íris. Grilo-falante. Sandálias de couro. Pimenta, couve e cachaça. Igrejas. Duas tranças de fios negros. Cartas.

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