domingo, 27 de abril de 2014

Delmo Montenegro livro "Recife, No Hay."

Poeta que não conhecia até ler a crítica (sempre tão especial) de Manoel Ricardo de Lima, publicada ontem - http://www.revistapessoa.com/2014/04/no-hay-nada/


“Eros Unbound”



sim, seremos amantes


solte sua voz

valvulada


durma comigo


seja meu cadáver esta noite


depois

ponha

os cílios postiços

e

desapareça


sem amor, sem paradas cardíacas

sejamos


apenas


dóceis animais empalhados


– ouça agora, revolva agora –

meu nome


é cão

– abra meu zíper –


palhas


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