[Senti o mar na pele dele.
Toquei nas ondas e na imensidão
salgada.
Três anos de lágrimas]
Não sei se posso tocar nas cicatrizes que guardei.
É preciso um mar inteiro de lágrimas
de um amor que já
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Fim de julho, 5 meses depois de um assassinato.
[os cúmplices estão todos soltos]
Sonho com restos de
maldadade
Com pedaços de horror/fragmentos
Poeira de crueldade
No fundo da catástrofe
me lembro do seu rosto.
De alguma lembrança borrada
e não consigo mais chorar.
Embora alguma coisa tão
ínfima e desfigurada
Reste no fundo de um
copo sem fundo.
São coisas que não se atravessam. São
as letras do seu nome que ainda restam
dentro do meu.
A violência sem medidas
que deixei morrer
e que abandonei.