[ Premonição/Nota de diário (fim de julho)
'Desejar a vida passa a ser um crime. Desejar
amar o amor passa a ser uma tolice']
O corpo revolta febre e convulso
mal pode
tocar
que desaba.
Às vezes a dor se torna artilharia.
Mas eu recuso.
Insisto em ser
patética.
Ofereço delicadezas que ganhei ontem
de presente de quem nem imagina o peso dessa dissolução
E fico à espera, tento abrir as cortinas das manhãs à espera de olhos que possam nascer novos
para uma Vita Nova.
E canto (para espantar a dor)